A criatura que vejo é a que assola meus sonhos,
Que rasga o véu negro da noite,
Ao ranger funebre das portas do inferno.
Sinto tocar doze vezes,
Num som de um vento frio,
Meia-noite.
Arrepiar-me de medo e bater de peito,
Nocautear a mim mesmo num baque de horror,
Chorar,
Devanear,
Em lagrimas ressurgir tristemente,
Das cinzas como uma fênix...
Driblar a morte e abraçar a dor,
Da qual me divirto e fico doudo, doudo,
Deliciando-me com os prazeres da noite,
Sorrindo aos prantos loucos que me devoram...
Banhar o rosto a agua salgada,
Salgada como as palavras que saem de mim,
Transbordar loucura e sentir-me bem,
Agonizar em mim mesmo,
Me matando segundo a segundo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário