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domingo, 22 de julho de 2012

Criatura - #09

A criatura que vejo é a que assola meus sonhos,
Que rasga o véu negro da noite,
Ao ranger funebre das portas do inferno.

Sinto tocar doze vezes,
Num som de um vento frio,
Meia-noite.

Arrepiar-me de medo e bater de peito,
Nocautear a mim mesmo num baque de horror,
Chorar,
Devanear,
Em lagrimas ressurgir tristemente,
Das cinzas como uma fênix...

Driblar a morte e abraçar a dor,
Da qual me divirto e fico doudo, doudo,
Deliciando-me com os prazeres da noite,
Sorrindo aos prantos loucos que me devoram...

Banhar o rosto a agua salgada,
Salgada como as palavras que saem de mim,
Transbordar loucura e sentir-me bem,
Agonizar em mim mesmo,
Me matando segundo a segundo...


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